o ano começou, janeiro não acaba, e eu decidi retomar as publicações nesse espaço para falar de cinema!
e no melhor espírito “não acaba”, vou começar falando de “Banshees de Inisherin”. o nome é difícil, a trama... também. quase 120 minutos de um enredo que você não sabe ao certo quando engata. mas, quando se dá conta, tá presa nele.
lento e monótono são adjetivos que eu usaria, mas penso que esse ritmo é intencional. a história se passa numa ilha irlandesa fictícia, retratando a vida rural de um povoado simples. onde nada de diferente acontece: alimentar os animais, vender a produção, o sino da igreja que marca as horas, a cerveja medida em pint.
nada acontece. até acontecer.
o contexto histórico, nesse caso, é essencial: década de 1920, pós-guerra da independência da Irlanda, durante o conflito civil que resultou na divisão do território do país.
bombas explodem no continente. é possível ver e ouvir da pacata ilha que segue intacta.
intacta mas não inabalável. o povoado tem suas próprias explosões.
vale acompanhar, sem ansiedade. hehe
as paisagens são belíssimas! Colin Farrell está realmente muito bem - confesso que mantinha aquela imagem estigmatizada dos filmes de ação dos anos 1990. ele me supreendeu.
curiosidades: o britânico Martin McDonagh é o roteirista e diretor do filme. E também namorado de Phoebe Waller-Bridge, estrela e roteirista de Fleabag. Os dois trocaram figurinhas sobre o roteiro do filme. Para quem viu a série, aquela pegada de drama sarcástico (e cômico) está presente em “Banshees de Inisherin”
(ah! no decorrer do filme você entende esse nome difícil)
Indicações ao Oscar 2023:
Melhor Filme
Melhor Direção
Melhor Roteiro Original
Melhor Ator (Colin Farrell)
Melhor Ator Coadjuvante (Brendan Gleeson)
Melhor Atriz Coadjuvante (Kerry Condon)
Melhor Trilha Sonora
Melhor Edição
Já levou:
Melhor ator (Colin Farrell) e melhor roteiro no Festival de Veneza 2022.
Melhor comédia, melhor ator (Colin Farrell) e melhor roteiro no Globo de Ouro.