Pequenas
coisas que viram grandes amontoados. Você olha para aquela pilha e desiste:
muita coisa! Deixa aí, depois eu arrumo isso. Mas, a tendência é colocar mais
coisa em cima. Cada pequena nova coisa que surge e dá medo/preguiça de
resolver, você joga na pilha.
Até que
chega um dia que não tem jeito. Ou você organiza, ou ela vai cair na sua
cabeça.
Você,
sabendo disso, assiste – conscientemente – ela cair e bagunçar o pouco que
estava arrumado. Vira uma zona completa. Soterrada, você fica ali, sufocada,
mas sem disposição pra levantar e começar a faxina. “Pelo menos aqui está
quentinho”.
Tem também
aquele movimento quase suicida de decidir organizar a pilha antes dela cair,
mas puxando aquele problema que está lá no fundo – debaixo de tudo, a base da
pirâmide. Você tira, mesmo sabendo que vai cair tudo junto com ele. E fica
sufocada também. Segurando aquele problema na mão.
A gente pode
também sentar de frente pra pilha, chorar até dormir em posição fetal, pedindo
a todas as forças do Universo para que ela tenha sumido quando você acordar.
Ela não some
assim.
Qualquer que
seja a estratégia vai exigir um esforço. Uma força. Uma decisão.
Qualquer que
seja a estratégia, vai ter um pouco de dor. A gente pode se entregar a ela,
parar, reclamar, esperar passar e começar tudo de novo.
Ou, meter o louco e
continuar correndo mesmo com o joelho estourado até terminar a corrida. Vai ter repouso e gelol no final.
Cada um
encontra seu jeito de fazer funcionar. A gente respeita o dos outros e tentar
achar o nosso. Somos todos acumuladores compulsivos tentando nos livrar dos
excessos, ficar mais leves, deixar um pouco a matéria para viver mais a fluidez
do que realmente faz sentido.
Não me lembro de ter autorizado a falar de mim... rsrsrs (a quem interessar possa).
ResponderExcluirAtemporal.
ResponderExcluir