Um mês sem passar por aqui. Não por falta de assunto.
A vida nunca
esteve tão cheia. Ou a percepção da vida nunca foi tão acurada. Ou as duas
coisas.
Quando é
difícil organizar as ideias na cabeça, eu geralmente recorro às palavras no
papel. Ultimamente tenho recorrido ao vinho. E ao leite condensado. A minha
gastrite vive me criticando mas é o que está dando pra fazer, por ora.
Estamos há
16 meses testando estratégias. Novas formas de viver. Ansiando por vacina,
tendo ânsia ao ler notícia, oscilando entre o desespero e a esperança. Normal
dar uma sucumbida quando o pêndulo passa naquele vale entre um extremo e outro.
Às vezes,
fica aquele ‘pra lá e pra cá’ lá embaixo. “Será que vai parar?”
Não entendo
muito (na verdade, quase nada) de Física, mas parece que a conservação da
energia mecânica é o que garante a constância do pêndulo.
Por aqui, eu simplifico em música.
Sabe aquelas que te remetem imediatamente a um lugar especial, uma ocasião
marcante ou uma época boa?
A música é a responsável pela conservação do movimento e da energia do pêndulo
de Newton aqui da minha vida.
O poder
cinético do som.
Por exemplo,
no exato momento em que escrevo essa frase ouço “Cheio de Manias”, do Raça
Negra. E isso desperta em mim inúmeras boas lembranças que derramam no cérebro
a serotonina necessária para sensação de bem-estar.
Tem Caetano,
Red Hot, Backstreet Boys e Paralamas nessa playlist. Tem Alicia Keys, The
Weeknd, Art Popular e Tim Maia. Tem Cartola, Vanessa da Mata, Beatles e, mais
recentemente, uma musiquinha instrumental de ninar que me remete imediatamente
a MM nos primeiros meses de vida e me faz chorar instantaneamente. Chorar de
emoção boa!
E já tem até música que eu ouço agora e sei que lá na frente vai me remeter a
essa época louca que, apesar de louca, vai despertar algo bom.
Nas minhas estratégias para seguir tem vinho, tem leite condensado e tem muita
música.
(e café)
É isso que mantém meu pêndulo em movimento por aqui.
E por aí? O
que impulsiona o seu?
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