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quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

minimalismo emocional

sempre que vai chegando o fim do ano sinto vontade de fazer um escrito com o balanço do que rolou. acho que todo mundo é assim, né?! essa coisa dos ciclos, aqui no ocidente guiados pelo calendário gregoriano, influencia a gente. isso e a fatídica pergunta do "então é natal e o que você fez?".


o que você fez?
o que eu fiz?
o que fizeram da gente?

sim, precisamos nos responsabilizar, mas sem ignorar que o sistema também moeu a nossa mente.

((o brasil me obriga a beber. algumas pessoas também, mas dessas eu simplesmente desisti.))

eu desisti de algumas coisas e pessoas.

o segundo ano de pandemia meio que decantou as coisas, né?!

"então, isso daqui não muda mesmo não - ou encara ou larga de mão"

larguei de mão.

mas, não é tarefa fácil. o tal do "deixar ir" não é simples.
desistir é frustrante. tanto quanto não conseguir. e, geralmente, um vem depois do outro. pelo menos por aqui.

desistir vem depois de perder bastante energia tentando. batendo cabeça. mudando estratégias. e entendendo que não, não depende de você.

larga de mão.

então, este fim de ano está mais ou menos nessa energia. estou chamando de minimalismo emocional: por menos encheção de saco.

um processo de desligamento de pessoas e de situações que não agregam e não condizem mais com esse novo momento.

sim, é um novo momento. quem está minimamente consciente já percebeu.

essa ótica individualista, da meritocracia, que nega fatos e dados científicos não se sustenta. é o fim em si mesma.

então, deixa findar.
larga de mão.
e bora pro próximo round, que a luta tá longe de acabar.

e vocês? tão animadas por aí?

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