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Uma vida só é pouco. É muito pouco.
Não dá pra fazer, em uma vida só, tudo que a gente planeja.
E aí, pra otimizar o tempo, nós somos obrigados a fazer escolhas.
São milhões ao longo da vida. Que filme assistir? Que roupa
vestir? Pra onde viajar? Com quem se relacionar? Quais palavras usar?
Enquanto a nossa maior dúvida é decidir entre o caderno da
Turma da Mônica e o da Minnie a vida é linda. Porque se fizer um pouquinho de
drama seu pai acaba levando os dois.
Conforme a gente vai crescendo as escolhas ficam mais
difíceis. Você tem que escolher se vai de vestido ou de calça jeans pra aquela
festinha matinê da escola que é a sua chance de impressionar o menino mais
bonito da sétima série. Aí você vai de jeans, ele nem olha na sua cara e você
conclui: devia ter vindo de vestido.
Mas aí, já era! A sua chance foi desperdiçada. Você fez a
escolha errada e agora não tem mais volta. Perdeu o gatinho da sétima série. E
você nunca vai saber como seria se tivesse ido de vestido.
Você nunca vai saber como seria se tivesse feito vestibular
para Psicologia. Se tivesse vendido tudo pra fazer um curso fora do país, se
tivesse dado seu número de telefone certo. A gente não tem segunda chance nessa
brincadeira.
Porque é fácil o Mario enfrentar o dragão do castelo para
salvar a princesa depois que a gente já pegou um quilo de moedinhas e tem 65
vidas. Com 65 vidas até eu! Ainda mais podendo dar pause e reset. Mole!
Aliás, um botão de “reset” faz falta no mundo real. Ainda
que fosse limitado, pra não perder muito a graça de viver. Mas, a gente podia
ter a opção de “começar tudo de novo” em algumas situações... Consertar algumas
coisas...
Normalmente essa aflição é coisa de gente covarde, que tem
medo de arriscar e descobrir que não era bem isso que queria. E, como eu sou
meio covarde, a aflição é, pelo menos, coerente.
Só fica um pouco mais complicado quando a covarde também é
meio sonhadora e empolgada. Gosta de fazer muitos planos e enlouquece só de
imaginar que pode passar pelo mundo sem ter conhecido todas as fases, sem ter
lutado contra todos os chefões, sem ter descoberto todos os caminhos
alternativos, sem ter zerado o Super Mario Bros.
Fica aí, “mafaldeando”, escrevendo tudo que ainda tem que
fazer na vida e guardando os papeizinhos no fundo de uma gaveta qualquer para
ver se abafa o grito insistente das vontades. Mas, eles só aumentam.
Vou perguntar pra Mafalda como faz.
Tarefa difícil essa de fazer escolhas!! Sempre pagamos um preço por elas!!
ResponderExcluir"Nós somos a soma das nossas decisões". Só espero que nessa soma o resultado seja positivo! =D
AMEI O POST!
Mafaldeando foi o melhor!
ResponderExcluirCarol, eu tb sou medrosa, acovardo em várias situações. Mas acredito que somos capazes de mudar o jogo e fazermos as coisas acontecerem.
Uma hora a gente precisa sair da zona do conforto. É difícil, mas possível.
É claro que não vamos conseguir colocar tudo que está nos papeizinhos em prática, mas podemos começar por alguns.
Bora pensar: ainda bem que temos escolhas, ja pensou se tudo fosse imposto ou não se tivéssemos opções??
;)