Se nos primeiros trinta dias lá o medo era não se acostumar
A tensão agora é acerca do tempo que leva para desacostumar
Já sabemos que são mais de 30 dias
Lá se foi o último pacote :( |
A cabeça não funciona mais do mesmo jeito
Esquece os óculos, esquece o nome do filme
Esquece o que tinha que esquecer, esquece para que ela serve
E é só tentar desligar que ela decide passar tudo a limpo
O dia, a semana, a vida
Tudo ao mesmo tempo, durante as seis horas
Que você achou que seria conveniente dormir
Que você achou que seria conveniente dormir
Não vamos dormir não
Vamos pensar em tudo que precisa ser
feito e você não sabe como
As pessoas não são mais as mesmas
Agora é fácil saber quem se importa e quem finge se
importar
Quem gosta e quem é fachada
E não há mais paciência para fachada
Há coisas mais importantes para ajeitar do lado de dentro
Então, tudo que é superficial demais acaba morrendo na
superfície
O oxigênio na profundidade é rarefeito
Melhor garantir o de quem realmente quer viver por lá
Sendo assim, barramos
Mas, é preciso ficar atento
E não deixar acumular muito dejeto
Recomenda-se, de tempos em tempos, drenar a margem
Antes que um rompante da barragem
Mate um rio doce
E é doce. Acredite
Docemente amargo
Há quem goste. Pois fique
Há quem duvide. Pois afaste-se
Sabor a gente não explica
Nem tem que justificar
Quem não gosta, come outra
A você, toda a minha doçura
E (des)pretensiosamente
Faço minhas as de Drummond
Faço minhas as de Drummond
“Se meu verso não deu certo
foi seu ouvido que entortou”.
Sempre demais. "Quem não gosta, come outra"
ResponderExcluirExatamente assim.