Esses dias
rolaram vários reencontros internos por aqui. Foi um passeio por todos os
caminhos que eu já percorri até agora. Bom, todos não, os mais recentes.
Reencontrei o
meu lado viajante, voltei a todos os lugares, senti de novo todos os cheiros e
sabores. Aquele frescor de novidade, que renova a vontade de
seguir.
Revisitei
também minha vida antes da maternidade – lembrei das baladas, dos sambas, das
madrugadas descomprometidas, dos romances, dos fins de romances...
Fui também
rever o momento em quem atravessei o portal da maternidade. Desde descobrir a
gravidez, toda a gestação, o parto, os meses iniciais... tanta intensidade!
Tantas coisas! Muitas só começam a fazer sentido agora.
Tantos
diálogos confusos, tantos sentimentos sem nome, tantas incertezas...
olhando agora, com esse pequeno distanciamento de 20 meses, parece uma realidade paralela. É
como se só agora eu estivesse voltando pro corpo. Antes, eu só me observava.
Sem entender nada.
Agora eu
entendo. É só olhar nos olhos de MM e entendo tudinho. Todas essas viagens
internas, inclusive, ocorrem no momento em que estamos na rotina do sono e eu
percebo aquele pequeno mini rapaz adormecendo.
Filho é a
materialização do tempo. Você percebe que se piscar, perde momentos. Que ao
brigar com a realidade você deixa de vivê-la – e que isso é um desperdício. É preciso
sentir cada momento. São eles que nos compõem. Todos eles. Os bons, os ruins,
os insonsos, os turbulentos, os pandêmicos...
Lembrei de uma
mensagem que eu recebi, num momento de muita angústia e dúvida: A vida é como
um rio, é melhor tentar boiar que ficar se debatendo na água. Boia e aproveita
o percurso, você vai ver como as águas ficam muito mais tranquilas.
Conselho
ancestral, hein?! De África!
Hotep!
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