MM completou 2 anos. Os 24 meses mais rápidos e longos da minha vida. Intensos, exaustivos, cheios de aprendizados, testagem de limites e um amor indescritível.
O dia de nascimento do filho é também o dia do nascimento da mãe. Na cultura iorubá, Ìyá é quem dá a vida - e Ìyá tem tantos aniversários quanto o número de filhos.
Desde que MM nasceu, todo 01/03 é dia de celebrar a vida dele e a vida da Carol mãe - a Carol Ìyá. E sou, porque ele é. Comemoro, porque ele está e, assim, me faz.
É preciso celebrar a potência da maternagem - a matripotência. Essa força do gerar, parir, alimentar e se doar pelos anos seguintes. É uma força motriz - é o que move a humanidade. Já parou pra pensar?
Quem fala muito bem sobre isso é a socióloga iorubá Oyèrónkẹ́ Oyěwùmí. Tem um artigo dela, "What Gender is Motherhood?" (o professor @uan.flor traduziu e está disponível na internet) que deu sentido a muitas coisas por aqui. Esse olhar pra maternidade que conhecemos, de privações e de limitações, é mais uma forma de nos impedir de conhecer a nossa força. O nosso poder transformaador. Maternagem é potência!
E qualquer forma de maternagem - trazendo ao mundo filhos ou ideias, conduzindo com afeto a prole ou alguém que você ama e também precisa.
E não quero aqui romantizar nada - a exaustão é real. Por isso, também sempre gosto de escrever sobre a importância da comunidade nesse processo. Não é um caminho solo - não deve ser.
Tem mais reflexões sobre isso no artigo que eu escrevi pro livro "Tinha que ser preto", que logo menos será lançado pela @editoraconquista.
Um projeto que só foi possível por meio da minha maternidade.
MM é minha melhor revolução!
Obrigada, filho! 🖤
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