Você tem algum
ritual?
Sou capaz de
apostar que sim. É que a gente não presta muita atenção neles...
Algo que você sempre faz ao acordar; por onde começa a se lavar na hora do
banho; a última coisa que faz antes de ir se deitar...
Colocar o
feijão em cima do arroz; começar a varrer a casa sempre pelo mesmo cômodo;
fazer o sinal da cruz ao passar em frente a uma igreja, vestir branco às
sextas-feiras...
Rituais não
são necessariamente religiosos. São também, mas nem sempre. E acho que a gente
acaba negligenciando um pouco a importância de alguns ritos.
Esta semana
andei lendo sobre a importância de rituais – da professora Sobonfu Somé, que já
citei aqui. Conclui que atribuir intenção às nossas atitudes, coisa que
conseguimos por meios dos rituais conscientes, é uma ótima forma de lidar com
muitas das nossas questões.
Exemplo:
depois da maternidade, acordar não é mais a mesma coisa. A gente acorda no
susto, com o chamado, o choro ou o grito da criança. Leva um tempo até você se dar ao luxo de “acordar
naturalmente”. Por isso, eu sempre levantava no sobressalto. E começar o dia
assim... olha, não recomendo.
A forma como
a gente acorda é uma sinalização pro universo de como está nossa energia para
aquele dia. E eu resolvi que não dava mais para sair da cama correndo – e
irritada por estar correndo.
Então, se
não for questão de vida ou morte, MM me chama e eu len.ta.men.te vou me
levantando, faço um alongamento de alguns segundos (só pra coluna entender que “começou”)
e, seguindo orientação da @nai.caule, me abraço. Sim! Me dou um abraço e desejo
pra mim o que eu quero para aquele dia.
Parece meio
bobo. Pra mim pareceu, no início. Eu me sentia ridícula dando um abraço em mim
mesma. Mas, é impressionante como faz diferença! E agora o abraço já é sincero,
afetuoso mesmo. Do jeito que a gente abraça um amigo querido, sabe?! Qual a
dificuldade em se querer bem?
Há alguns
meses esse virou meu ritual matinal. Tem funcionado. Estou criando espaços para
outros...
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