Passados oito meses da primeira experiência de apresentar um programa de rádio de casa com meu filho de 1 ano nesse “estúdio”, as coisas parecem estar muito mais encaixadas agora.
Bom, oito meses faz muita diferença na vida de um bebê – é quase metade da vida de MM. Mais esperto, mais compreensível... começou a entender a logística da nossa rotina. Fez participações ao vivo? Bom, inevitável! Mas, nada comparado ao início desse confinamento. As primeiras semanas foram ensandecidas.
Mas, a principal mudança foi minha. Parei de me debater nessa areia movediça. Aceitei que esta é a realidade que eu tenho agora – e faço o melhor que posso, dentro do que é possível fazer.
O desespero nascia da não aceitação. Da busca por um ideal que simplesmente é inatingível. Não é possível simular as condições de um estúdio no meu apartamento, com um bebê acordado, ativo, cheio de energia. As condições são essas? O que dá pra fazer?
Fiz. E esse “relaxamento” ajuda meu filho também. Porque uma mãe louca e estressada certamente não consegue agir com calma e paciência – bom, eu não conseguia. Mas, uma mãe que aceita boiar nessa maré e para de brigar com as ondas, se relaciona com mais tranquilidade com a cria. E com todo o resto.
Hoje foi assim no meu estúdio improvisado em casa: um notebook no colo, um microfone na mão e MM do lado. E funcionou.
E não estou aqui romantizando a situação – é cansativo e exige muito. Mas, o desgaste é maior quando parte da energia vai embora na briga com a realidade.
Cansei de briga. De todas elas.
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