A dúvida é um estado legítimo.
Eu entendi
isso esta semana. E foi reconfortante.
Percebi que forjei
em mim uma mulher de certezas.
Não quero.
Vou.
Não aceito.
Adeus.
Mas, a real é que agora EU NÃO SEI.
Não sei
mesmo. Esse é meu status atual.
E a angústia
toda no meu coração não era por não saber. Era por não aceitar esse estado
legítimo que é a dúvida.
EU NÃO SEI.
Foi uma
epifania. Durante o banho. Depois de uma sessão de terapia (façam terapia!).
Que coisa
libertadora é poder admitir que eu não sei o que fazer da minha vida neste
momento!
E não tão
ninguém me pressionando pra tomar uma decisão – só eu mesma. Minha mente
carrasca exigindo um padrão que ela embutiu em mim desde sempre. Uma busca por perfeição
e respostas certeiras. Pra ser aceita. Pra ser amada. Pra provar que eu tenho
valor, numa sociedade que diz a todo tempo que eu não tenho nenhum.
(Um abraço
aqui, irmãs pretas!)
Pois bem. Chega!
.
Querida,
mente:
Silêncio,
por favor! Eu não tenho essa resposta.
Eu não preciso ter essa resposta agora. EU NÃO SEI.
Esses seus
argumentos fazem muito sentido nessa sociedade ocidental, patriarcal, pautada
na dominação e busca insana por poder. Mas, essa não é a minha essência.
Eu preciso
SENTIR. E você, querida mente, não ajuda nisso. Mais uma vez: silêncio, por
favor!
O “não saber”
é legítimo. Para descobrir, vou dar ouvidos a outra parte de mim. Àquela que sempre
destoa de você. Àquela que tentam sufocar porque me liberta. Ao coração. Ao que
chamam de intuição. Ao que ressoa, por mais que não faça sentido.
O povo
originário, lá de África, em Kemet, já dizia: “pensar é uma ação coronária”.
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