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sexta-feira, 6 de março de 2020

As vidas em compasso

Esta semana reencontrei uma velha conhecida. Fazia... mais de um ano (quase dois!) que a gente não se via.

A gente saiu, dançou, tomou cerveja, ouviu boa música.... A gente se divertiu!

 Eu estava com saudade dela e nem sabia.

Não vou mentir e dizer que não foi estranho.  Foi um pouco. 

Esses quase dois anos em que estivemos afastadas foram bem transformadores. Eu mudei. Ela... também mudou. Mas, a essência ainda estava lá.

Foi ela que nos reconectou. E também a música - essa danada, poderosa que nos leva a lugares e traz memórias à tona.

Um hit de 2003 que não saia da minha playlist. Sim... 17 anos atrás. Foi pra lá que essa música me levou.

Daí, reencontrei também uma adolescente de 16 anos. Cheia de planos, bastante confusa, com problemas de aceitação e dificuldade de autoamor. Mas, com muita disposição. E muitos sonhos.

A gente lembrou dos medos, de como os vencemos, dos desafios, dos planos da época... e de como a vida se encarregou de fazer tudo diferente.

E de como está tudo bem. 

Choramos juntas: eu, a  adolescente e a companheira de dois anos atrás. 

Somos uma só. 

A  vida vai transformando a gente. Para o bem de todos, a gente amadurece. Mas, cada uma delas ainda está lá. Com a sua devida importância, num espaço-tempo diferente, mas lá. E, quando nos encontramos conscientemente algumas curas acontecem.

O autoamor meio enterrado na adolescente, floresceu na companheira de dois anos atrás. E ela voltou para me lembrar que é assim que a vida faz.... Que o caminho nos ensina e nos fortalece. E que os desafios trazem lições que a gente só vai entender depois. Tem tempo, espaço e lugar para tudo.

Esta semana, durante uma hora e meia, a gente coube, as três, no mesmo lugar, espaço e tempo. Foi importante para entender algumas coisas, relembrar outras e estar desperta para as próximas.

O bonito é que esse reencontro aconteceu após exato um ano da maternidade. A primeira "balada" pós-parto. Balada porque qualquer saída sozinha, mães sabem, vira balada.

Literalmente, uma celebração!

















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