Encerrei o
expediente do teletrabalho e fui pro segundo turno – “preciso encarar essa pia,
não tem mais pra onde fugir”.
Cinco
panelas sujas. Não tinha nem espaço mais para disfarçar.
Ok! Escolhi
umas músicas, dei o play e vamos lá!
Cerca de 40
minutos depois “a paz invadiu o meu coração”. Pia limpa, fogão limpo. Vencemos!
Mas, quanto
tempo dura uma pia vazia?
Quanto tempo
dura uma cozinha “em ordem”?
Foi o que eu
pensei ao pegar a panela que nem chegou a ir pro armário – saiu do escorredor direto pra fogão de novo.
Chegou a hora do mingau.
E lá vamos
de novo!
Foi aí que
que tive a epifania das panelas: a “desordem” faz parte da vida. Enquanto
houver vida, haverá panelas sujas. A pia cheia significa que a casa está em
movimento.
A vida está
em movimento.
A gente
precisa aprender a conviver com as coisas fora de ordem – porque elas nunca
estarão todas no seu devido lugar. Pelo simples fato de que estamos vivos!
Remexendo. Bagunçando.
A gente até
para e limpa tudo no dia da faxina – esses momentos são necessários. Jogar fora
o que não usa mais; tirar o limo do banheiro; organiza o armário num dia, a
caixa de brinquedos no outro e assim vai... Mas, você vai continuar usando as
roupas. Sua cria vai misturar todos os brinquedos de novo. Que bom! Estamos
vivos!
Então,
graças à panela de mingau, eu entendi que o objetivo não pode ser deixar tudo
em ordem. Porque nunca estará. O segredo é se organizar na bagunça. Entender
que faz parte. Vida é movimento. E é se movimentando que a gente altera
realidades.
O acúmulo de
entulho é que não pode, porque aí até atrapalha o movimento. Então, suje!
Quando precisar, limpe! E sigamos!
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